Programa de reestruturação
A ABMT (Associação Brasileira de Magistrados do Trabalho) retorna aos trabalhos em 2021 com a posse de diretores regionais nos tribunais que buscarão diálogo com as associações regionais, sob a ótica do pluralismo, para fortalecer a defesa dos magistrados localmente.
De acordo com o presidente da entidade, Otavio Calvet, a iniciativa é de suma importância para que a ABMT esteja por dentro de demandas que exigem atuação da Associação. “Nossos pares sabem que a organização federativa dos tribunais não é apenas algo no papel. As administrações têm suas visões, alternam-se e, claro, suscitam questões típicas da região que demandam uma atenção da ABMT. Queremos ajudar nesses momentos”, diz Calvet.
O presidente explica que a entidade quer ter uma estrutura leve, como convém aos tempos atuais, mas presente para ouvir e ajudar na tomada de posição. “As diretorias regionais, que se reportam diretamente à Diretoria Executiva Nacional, foram o meio escolhido para essa presença local. O processo de escolha está em curso e avançando rapidamente. À medida que os colegas entendem o objetivo do cargo, estão se integrando à ideia. Serão líderes locais, atentos às preocupações e anseios dos associados do seu tribunal ou região”, afirma o presidente.
A reportagem da ABMT conversou com o juiz Guilherme da Rocha Zambrano, o primeiro representante regional a ser empossado pela Diretoria Executiva e que atuará junto ao TRT-4.
Parabéns pelo novo cargo na ABMT. O que o levou a aceitar o desafio?
Zambrano: Penso ser uma honra e um dever ajudarmos. É, de fato, um desafio. Mas estamos passando por um momento de muitas transformações no modo e nas condições em que atuamos. Então, precisamos ficar atentos para avançarmos sem prejuízos para a carreira e para a instituição. Vou dar minha colaboração.
Por que a ABMT?
Zambrano: A ABMT nasceu para defender a carreira e a instituição. É o que entendi e está muito claro nos estatutos sociais. Não podemos gastar energia na defesa de interesses de terceiros. Toda a energia deve estar voltada para os interesses dos juízes e para a defesa de sua independência e prerrogativas. Gostei da ideia, das prioridades e por isso resolvi me engajar.
Em termos práticos, alguma coisa especial o motivou?
Zambrano: Sem dúvida. Em apenas um ano de vida, e apesar da pandemia, a entidade mostrou muita coerência nas suas ações, na linha do que os estatutos estabelecem. Houve várias consultas às bases antes de qualquer manifestação pública. Algumas foram aprovadas e outras rejeitadas. Sempre que veio a público, a entidade falou das prerrogativas da magistratura, defendeu colegas e seus atos jurisdicionais, a liberdade de expressão, os interesses da carreira, foi ao Congresso e aos demais poderes, atuou junto aos conselhos superiores, juridicamente e politicamente. Enfim, essa linha de ação, que pode ser expandida a partir de agora, me motivou.